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Sim, existe um peixe que pode morrer afogado – e ele é da Amazônia

Já imaginou ver um peixe morrendo afogado? Essa pode ser a realidade para uma espécie amazônica.

Peixes vivem na água, e é lá que eles respiram, certo? Nem sempre.

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No mundo misterioso da natureza, algumas espécies aquáticas são capazes de desafiar o senso comum, revelando adaptações que parecem saídas de um livro de ficção.

Imagine só: um peixe que, diferente da maioria, precisa emergir para respirar ar atmosférico. Porque, sem fazê-lo, ele corre o risco de morrer afogado.

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Pois é, esse fenômeno curioso é real. E o mais interessante? Ele acontece bem aqui em nosso país, nos rios da Amazônia.

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Quer saber mais sobre essa espécie tão curiosa? A gente te conta abaixo.

O peixe que pode morrer afogado

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O pirarucu precisa subir à superfície e respirar ar puro para sobreviver. Foto: Reprodução / Pexels

Esse peixe que pode morrer afogado se não emergir para respirar não é nenhuma espécie recém-descoberta ou uma variedade raríssima.

Esse é nada mais, nada menos que o nosso pirarucu, nativo da bacia amazônica.

Por mais incrível que pareça, isso não é nenhuma brincadeira: se o pirarucu não subir à superfície para respirar oxigênio a cada 15 ou 30 minutos entre suas voltas, ele pode literalmente se afogar.

A respiração em si não é uma surpresa, já que as trocas gasosas de oxigênio e gás carbônico são fundamentais para a vida, independentemente da espécie.

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Para os peixes em geral, isso ocorre com a agem de água com oxigênio dissolvido pelas brânquias, ou guelras.

Mas para o pirarucu, a manobra é um pouco diferente. Como seu corpo é muito grande, apenas as brânquias não são suficientes para oxigenar todo o corpo.

E é aí que entra sua bexiga natatória modificada, que funciona como uma espécie de pulmão. A bexiga também ajuda o animal a flutuar debaixo d’água.

Com isso, o pirarucu sobe, abocanha água com ar, engole o ar e, imediatamente, a água vai para a bexiga natatória para ser transformada.

E o oposto também é uma preocupação: se o peixe ficar fora da água por muito tempo, ele também corre o risco de morrer. A água é fundamental para os processos de difusão do oxigênio.

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Toda essa adaptação evolutiva é uma resposta direta ao ambiente onde o pirarucu vive, que são as águas lentas e pobres em oxigênio de rios, lagos e igarapés amazônicos.

Em épocas de cheia, quando a floresta alagada se expande, a quantidade de matéria orgânica em decomposição aumenta, o que reduz o oxigênio dissolvido na água.

Assim, para sobreviver nesse cenário, desenvolver a capacidade de respirar ar atmosférico foi uma grande vantagem.

Tamanho é documento

O pirarucu é considerado o maior peixe de águas doces das Américas e provavelmente do restante do mundo.

Para entender melhor, um desses peixes adultos pode chegar a três metros de comprimento, pesando mais de 250 quilos.

Por ser tão grande e por se alimentar de outros peixes, o pirarucu é considerado uma ameaça nos rios onde não é nativo, sendo classificado como um peixe invasor.

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Até o momento, existem vários registros do peixe em outros estados do Brasil além da Amazônia, e até mesmo fora de nossas terras.

Com seu tamanho, ele não tem predadores e acaba consumindo tudo. Fora de seu ambiente natural, precisa ser erradicado.

Outros peixes que respiram fora d’água

Além do pirarucu, existem outras espécies bastante interessantes que também conseguem respirar fora d’água, seja por outros mecanismos ou em casos de necessidade extrema. Conheça algumas abaixo:

  • Peixe pulmonado: o peixe pulmonado, ou lungfish, tem várias espécies que podem ser encontradas na África, América do Sul e Austrália. Assim como o nome sugere, possui pulmões verdadeiros, podendo sobreviver fora d’água enterrado no lodo durante períodos de seca.
  • Anabantídeos: em famílias como BettaTrichogaster e Gourami, as variedades têm um órgão chamado labirinto, que permite a absorção de oxigênio do ar atmosférico. É comum em águas rasas e pobres em oxigênio da África e do Sudeste Asiático.
  • Peixe-gato caminhante: originário da Ásia, o peixe-gato caminhante é capaz de se deslocar em terra firme por curtas distâncias, além de respirar ar com um órgão suprabranquial.
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